quarta-feira, 9 de julho de 2014

Bianchi, o futuro da Ferrari


Nós tendemos a ser preconceituosos com pilotos de equipes nanicas. Vemos eles como estabanados, lentos e sem futuro. Apenas um bando de caras com dinheiro para comprar uma vaga dentro da F1. Como se fossem todos exemplares de Karthikeyan, De Cesaris e Inoue. Talvez seja a hora de mudar o nosso ponto de vista, principalmente por um caso em especial. Bianchi.


Piloto bom, carro nem tanto
Jules Bianchi, atual piloto da equipe mais querida do grid (também conhecida como Marussia), faz um dos trabalhos mais significativos do grid atual da F1. Deu sequência às boas performances de 2013 e conseguiu inacreditáveis dois pontos no GP de Mônaco deste ano. Com um equipamento limitado, tem um ritmo que não fica tão para trás de Sauber e Lotus. Ele e Chilton – outro que não é tão horrendo quanto se esperava – formam, incrivelmente, uma das duplas mais interessantes deste ano.

Mas esse texto não tem tanto a ver com a Marussia, e sim com o provável próximo passo da carreira de Bianchi. Não é novidade para ninguém que o francês é parte do programa de pilotos da Ferrari e que essa relação é forte e de longa data. A equipe russa ganhou motores Ferrari em 2014, não foi por acaso. E essa semana também foi noticiado que Räikkönen tem sérios planos de sair da F1 quando seu contrato vigente acabar, ou seja, fim de 2015.

Junte as peças e perceberás que Bianchi está vendo seu futuro se concretizar ao longo desse ano. A Ferrari precisa se reformular, Räikkönen já está aborrecido, Jules faz grandes corridas. Vale lembrar também que, na primeira oportunidade, Alonso vai dizer arrivederci, irritado que está com a decadência dos bólidos vermelhos. O francês poderia ser primeiro piloto da Ferrari (!!!) em questão de dois anos. E olha que todos os fatores que eu citei nesse parágrafos são concretos ou prováveis de se realizar. Não é um delírio.

Silverstone, hoje
Hoje essa relação pode ter se intensificado um pouco mais. Nos treinos de hoje, ainda em Silverstone, Bianchi marcou o excelente tempo de 1:35.262, sendo o mais rápido da sessão. Só não foi melhor que Alonso, dono da marca de 1:35:244, na mesma pista, com o mesmo carro e os mesmos pneus. E olha que Jules, acostumado com sua Marussia, não conhece o carro tão bem quanto Alonso. Já está fazendo mais que Räikkönen em sua temporada mais bisonha.

Foi a prova de que o pupilo pode ser gente grande dentro da F1 num futuro próximo. Equipe e piloto, um tem o voto de confiança do outro. A Ferrari anda capenga, você pode argumentar, como se não fosse uma boa. Mas é a Ferrari, ainda é melhor que a Marussia.

Dentro de uma nova geração de pilotos que conta com Ricciardo e Bottas, não é exagero nenhum ver Bianchi com status de promessa. E essa relação com a Ferrari pode marcar época.

Quem sabe Bianchi não consegue trazer as felicidades e glórias que Alonso não conseguiu?

Nenhum comentário:

Postar um comentário