Após se aposentar da F1, Hulme queria continuar envolvido com as corridas. A solução encontrada foi chefiar a GPDA - Grand Prix Drivers Association - mas o resultado não foi dos melhores. Denny era meio low profile e um grande cavalheiro, duas características que, infelizmente, não compactuavam com um posto que exigia pulso firme e decisões eficazes frentes as várias mortes no automobilismo dos anos '70. No seu lugar, entrou Jody Scheckter. O tédio voltou a incomodar o Neozelandês, que vivia com a família, nos confins da Oceania. A vontade de competir outra vez era muito grande, ainda mais depois de disputar um endurance com Stirling Moss. O desejo voltou com tudo.
A primeira - e gloriosa - carreira de Hulme |
O campeonato que Hulme ia disputar era o European Touring Car Championship - ETCC - que não era um mar de talentos, mas já era melhor que tudo daquele coisa isolada chamada Oceania. A equipe que iria o abrigar era a Tom Walkinshaw Racing (sim, daquele mesmo cara da Arrows). Os resultados não eram dos melhores, mas algumas vitórias apareceram. A maior delas foi no RAC Tourist Trophy, em 1986. Fora isso, pouca coisa realmente digna de nota. Hulme seguia se divertindo na Europa e apadrinhava campeonatos na Nova Zelândia. A única vez que ele realmente corria lá era na corrida mais esperada da Oceania: a Bathurst 1000, corrida preferida de Denny. Tudo sempre seguiu como o planejado: diversão, mas sem grandes triunfos. Enfim, sair feliz. O problema é quando ele não saia.
Em 1992, Denny foi convidado para correr com a Benson & Hedges Racing, com quem já tinha corrido na Europa. Seu parceiro era Paul Morris, piloto de ponta da terra dos Cangurus. O carro, #20, era um BMW M3 laranja. Muito bonito, por sinal.
A segunda - e trágica - carreira de Hulme |
Morria o campeão esquecido, e do mesmo jeito que viveu e correu: de fininho, com timidez, sem ninguém perceber, pegando as pessoas de surpresa. Uma grande perda, mesmo que meio incompreendida.
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