quarta-feira, 23 de julho de 2014

Mais de mil palavras - O México voltou (e mudou)


Vocês já devem estar inteirados. O México voltará a fazer parte do calendário da F1 em 2015. É o fim de uma espera de 23 anos para um povo que é apaixonado pelo automobilismo. A etapa deve ser realizada no final do ano, próximo à corrida dos Estados Unidos, no nem tão distante circuito de Austin. A casa é o bom e velho Hermanos Rodríguez.

Vem no melhor momento possível: o México tem um piloto estabelecido no grid da F1 - ainda existem dúvidas sobre a qualidade do Pérez, mas ele já está em sua quarta temporada - e um senhor chamado Carlos Slim que tem dinheiro até dizer chega. O país latino ainda não está nem perto de ser rico ou desenvolvido, mas Bernie adora esses super magnatas de lugares questionáveis.

O cenário vai ser bem diferente daquele com o qual nos acostumamos. E muito: a primeira mudança exigida foi o fim da curva Peraltada, pelo menos na sua forma antiga. Colocarão duas curvas de 90 graus para diminuir a velocidade num trecho que quase não tem área de escape. Boxes vão ter que ser reformados, já que o circuito só vinha recebendo etapas de campeonatos nacionais e regionais. Não há estrutura para comportar o estilo refinado da F1 atual.

Vai ser curioso ver um circuito tão lembrado pelo passado da categoria voltando para os novos tempos. O Red Bull Ring só passou onze anos fora. Como disse antes, foram 23 sem o México.

Ontem era Senna, Mansell, Berger e Prost; uma arquibancada repleta de fãs simplórios metros distantes da pista; patrocínio de cigarros; brita; pits de 15s; mecânicos usando calção e camisa polo; Onyx e Osella; Gachot e Ghinzani; saudades do Hector Rebaque.

Amanhã vai ser Hamilton, Rosberg, Vettel e Alonso; uma arquibancada com fãs coxinhas; patrocínio de energéricos; asfalto; pits de 3s; mêcanicos usando macacões e capacetes; Marussia e Caterham; Chilton e Ericsson; torcida pelo Pérez.

Vão ser dias bem diferentes, esses do GP do México de 2015.

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