quinta-feira, 28 de agosto de 2014

O bom filho à casa torna?


A silly season chegou com tudo. Transferência, contratações, demissões, tudo vira assunto e notícia na época do ano em que os rumos de 2015 terminam de ser traçados. São dias tensos e bem interessantes. Particularmente, essa dança das cadeiras nas vagas da F1 é um dos fenômenos que mais chama minha atenção, muito embora a maioria dos boatos não tenha sustentação nenhuma - como o próprio termo indica.

Falemos de rumores, então. Basicamente, tudo gira em torno de duas equipes: McLaren e Mercedes.

A equipe inglesa já não quer mais Jenson Button, veterano, e quer alguém melhor para guiar o retorno da Honda à F1. Vettel e Alonso foram mencionados. Sebastian me parece uma aposta meio surreal, já que a Red Bull dá sinais de recuperação, após um 2014 decepcionante, e o alemão não vai romper seus laços históricos a troco de banana. Já Fernando poderia tentar: a Ferrari não está indo para lugar nenhum e faz uma temporada ridiculous. Complicado é que o relacionamento do espanhol com Ron Dennis nunca foi nenhuma maravilha. A BBC relatou que as conversas entre o asturiano e os prateados existem. Fiquemos de olho. Magnussen, novo e promissor, não se vê ameaçado. É um protegido da equipe de Woking.

A Mercedes vive dias cinzentos. Num clima que vai durar por um bom tempo, Hamilton e Rosberg disputam vitórias com a faca nos dentes e se veem como inimigos mortais. Nessas condições, não é difícil imaginar qualquer um dos dois pulando fora da barca, mesmo que a barca em questão seja a melhor de todas. O curioso, nesse caso, é que ambos tem contratos para 2015. Rosberg tem até 2016, aliás. Mas será que os dois querem ficar? Se um sair, será uma vaga disputada a tapa.

Imagino que Rosberg queira ficar, pelo menos. Está lá há cinco anos, é seu nicho. Por mais que tenha arranjado alguns problemas com a cúpula da equipe não sinto desejo algum da parte dele de debandar, ainda mais com seu contrato recém renovado.

Mas Hamilton já é diferente. Criou-se em uma outra casa e foi para a turma alemã numa decisão que surpreendeu a todos. Logo no segundo ano, todos os problemas possíveis com aquele que era um amigo de infância. Aí fica difícil. Deve estar sentindo falta do antigo empregador. A McLaren. Ligue os pontos com o terceiro parágrafo.

Saudades?
A princípio não existe nenhuma conversa entre as partes, mas faz sentido. Hamilton, acuado, deve estar com saudade de um lugar onde era mais valorizado e sofria menos com rivalidades. Ron Dennis, seu tutor, voltou nesse ano. A McLaren precisa de um piloto para liderar o projeto com a Honda. Num mundo em que Vettel e Alonso, são semi-deuses, seria mais fácil apostar em alguém tão bom quanto (ou um pouco menos) e que já tenha algum retrospecto positivo em Woking.

Os dois lados lidariam com boas chances de ter sucesso. A McLaren teria seu "líder", que desfrutaria das benesses de uma parceria que promete bastante. Seria uma identidade importante num período de reconstrução da equipe inglesa. Já Hamilton, fã de Senna, poderia se sentir ainda mais perto da condição de seu ídolo.

Repito: isso é tudo um exercício de imaginação. Nada é concreto, tudo é aberto e possível. Mas essa possibilidade em especial me soa interessantíssima. Seria o grande barato de 2015.

Ficam aqui os votos do autor. Espero que Ron Dennis leia meu blog.

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