Nico Rosberg é o grande tema da semana. O alemão supostamente bateu de propósito em Hamilton, ocasionando um furo no pneu e outro nas chances de diminuir a vantagem do companheiro no campeonato de pilotos. O germânico também foi prejudicado, mas em um nível muito menor. Ainda conseguiu levar 18 pontos para casa.
Ficou provado que Rosberg não é mais aquele cara burocrático e meia-boca de outras temporadas. A transformação vem acontecendo desde sua chegada na Mercedes, em 2010, e atingiu seu clímax. Nico, hoje, é capaz de ser um completo canalha, se preciso for. Não que isso seja 100% errado: campeões costumam ser assim. Senna e Schumacher eram, por exemplo.
A surpresa de 2014 é que Rosberg mostrou velocidade durante o ano todo. Fez sete poles contra quatro de Hamilton. Foi também mais constante, tendo ido ao pódio dez vezes e abandonando só uma. Fez 73% dos pontos possíveis É, sem dúvida, desempenho de campeão. Em 2013, com o mesmo número de corridas, Vettel tinha conseguido 74%. Diz muito. Mas Nico nunca tinha mostrado a atitude de um vencedor.
Começando a ter problemas |
Não quero dizer que é certo, preferível tomar atitudes duvidosas em detrimento de outros, mas pode ser necessário. Seria muito mais bonito ver Rosberg passando por fora na Combes e ganhando o GP da Bélgica com Hamilton colado atrás. Mas o acidente foi a forma encontrada por Nico. Talvez tenha achado necessário marcar território após os problemas na Hungria - a função do rádio, a fechada de Lewis na últimas voltas (que acredito ser o "ponto" mencionado pelo filho do Keke). Moralmente é errado, mas moral e boa conduta não dão títulos para ninguém.
Passado Remoto |
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